Em Sete Lagoas, sistema já está instalado nos ônibus da Turi e já precisou ser utilizado
No mês do maio amarelo, quando o poder público e a sociedade civil se unem para mobilizar a sociedade a favor da segurança e da atenção no trânsito, não são apenas os acidentes que colocam a vida da população em risco. Os assaltos nos ônibus de transporte coletivo são motivo frequente de medo para motoristas, cobradores e passageiros, que dependem desse tipo de transporte. Na capital mineira, de janeiro de 2015 a junho de 2016, foram mais 2.924 ocorrências – média de 162,4 por mês. Os números são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Em Sete Lagoas não é diferente. No ano passado, a Turi registrou uma média de 12 a 15 assaltos por mês nos coletivos. De acordo com César Macedo, gerente da empresa, graças à instalação da RISP na cidade, o número de ocorrências tem caído muito nos últimos meses. “Depois que foi instalada a RISP aqui, esse número caiu bastante. Hoje, a gente está com uma média de 3 ou 4 assaltos por mês”, afirmou o gerente.
Preocupado com a segurança no transporte, o deputado estadual Douglas Melo criou o Projeto de Lei 4023 de 2017, que obriga todas as concessionárias de transporte coletivo de pessoas a instalarem dispositivo de pânico que gere a mensagem “Socorro! Assalto!” nos letreiros luminosos dos veículos, para prevenir e minimizar as consequências dos frequentes assaltos, furtos, vandalismo e outros atos que prejudicam a segurança de usuários e funcionários. “Segurança é uma das nossas principais bandeiras, além de estruturamos melhor as nossas polícias, precisamos de outros mecanismos que possam inibir a ação de criminosos”, afirmou o deputado.
Sistema semelhante já está sendo utilizado em Sete Lagoas pela Turi, concessionária do serviço de transporte coletivo urbano de Passageiros de Sete Lagoas. “Nós estávamos tendo muito problema com assalto, puladores de roleta; às vezes entra alguma pessoa com característica estranha no carro. Então a gente fez isso para conseguir evitar que esses assaltos continuassem. A gente adotou o botão de pânico como uma medida de segurança”, afirmou César Machado.
O sistema funciona assim: havendo alguma ocorrência dentro do veículo, o motorista ou o trocador aciona o botão, que manda automaticamente a localização do ônibus para a Central de Controle Operacional da Turi, onde um funcionário tem o papel de acionar a PM ou a Guarda Municipal rapidamente. O equipamento começou a ser instalado e testado nos ônibus no dia 17 de abril, e, no início da semana passada, todos os 109 veículos da frota já estavam com o sistema funcionando.
Nesse período de quase três semanas desde que começou a ser instalado, o dispositivo já precisou ser utilizado algumas vezes. O gerente conta que um casal pulou a roleta na última quarta-feira, na linha do bairro Montreal. O botão de pânico foi acionado pelo motorista, e então a Polícia Militar interviu, retirando os dois do ônibus. Na manhã de ontem, o dispositivo também foi acionado, dessa vez por causa de uma suspeita de assalto que felizmente não se confirmou.
Se o PL 4023 de 2017 for aprovado, todos os veículos de transporte coletivo do estado de Minas Gerais também vão contar com o botão de pânico, reforçando a segurança da população no trânsito. A tramitação do PL pode ser acompanhada através do site www.almg.gov.br.