Desde o final de 2015, o Hospital Nossa Senhora das Graças enfrenta a possibilidade de ter seus serviços de tratamento oncológico descredenciados do SUS. E quem sofre com isso são as cerca de 800 pessoas que estão, atualmente, fazendo tratamento contra o câncer no Hospital. Dessas, 567 moram em Sete Lagoas e 233, em cidades vizinhas. A transferência dos serviços para a cidade de Curvelo, que tem uma população três vezes menor do que a de Sete Lagoas, seria muito prejudicial para todos esses pacientes, uma vez que teriam que viajar 109 km para conseguir tratamento. A mudança também poderia causar prejuízos em outros setores do hospital, já que o tratamento oncológico cria toda uma estrutura de procedimentos cirúrgicos e exames especiais que são utilizados nos casos de alta complexidade. Além disso, setenta por cento do financiamento do Hospital é proveniente do SUS.
Diante de tudo isso, o deputado estadual Douglas Melo participou de várias reuniões com o objetivo de definir ações para que o descredenciamento não ocorresse. No dia 19/04, quarta-feira, mais uma vez, reuniu com o conselho administrativo da Irmandade Nossa Senhora das Graças, empresários de Sete Lagoas e com o superintendente regional de saúde de Sete Lagoas, Jean Barrado, para traçar estratégias para que o município não perdesse o serviço. Ficou acertado entre os membros sugerir que, caso o Ministério da Saúde prosseguisse com a transferência dos serviços para Curvelo, Sete Lagoas não fosse descredenciada e sim firmada uma parceria entre as duas cidades, de modo a manter a quimioterapia em Sete Lagoas e o demais tratamentos na outra cidade.
Na tarde desta quinta-feira, 20/04, o deputado Douglas Melo, acompanhado de vários prefeitos da região, se reuniu com o secretário de estado de governo, Odair Cunha, e em nome do governador do estado, atendendo ao pedido das lideranças, confirmou a permanência do serviço em Sete Lagoas. O anúncio foi feito pelo deputado ao final da reunião em sua página no Facebook. Ele destacou ainda que essa força tarefa das lideranças nada mais é que uma obrigação por serem representantes da cidade e região, porém, é uma conquista que o deixa muito feliz por saber que os 800 pacientes poderão continuar normalmente seu tratamento. Finalizou: “Mais uma vitória do povo de Sete Lagoas e região. Uma ameaça que preocupava toda a região foi sanada. Uma batalha dura, mas que, com a ajuda de todos, vencemos”.